O falso socialismo chinês - A PARTE-

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Por: Carlos Eduardo

Devido às constantes crises em que vive o capitalismo e ao crescimento do desemprego, da pobreza da fome e das guerras no mundo, à necessidade de substituir este velho regime pelo socialismo voltou a ser colocada na ordem do dia.
Nessa discussão, ocupa um lugar importante a avaliação sobre as experiências da construção do socialismo que vários países tiveram. Este é o caso da China, o país mais populoso do mundo e que realizou sua Revolução em 1° de outubro de 1949, derrotando o Japão que em 1934 invade a china e impõe sua tirania sobre o povo chinês. A china recebeu apoio da Internacional Comunista e da URSS.
No entanto, após 1949, a China iniciou um processo de profundas reformas capitalistas que levaram o país a ter hoje mais de 200 milhões de trabalhadores desempregados e dezenas de milhões de pessoas vivendo na miséria, enquanto uma minoria de milionários acumula mais e mais riquezas. Dados do próprio Ministério do trabalho e da Segurança Social da China apontam que 20% dos chineses mais ricos detêm 55% das riquezas do país, enquanto que os 20% mais pobres dividem entre si 4,7%. Não fosse bastante, nos últimos trinta anos, grande parte das estatais foi privatizada e milhares de comunas populares desmanteladas no campo. Em 2006, dos 4,13 milhões de jovens chineses que se formaram nas universidades, 30% deles não conseguiram emprego. O retrato dessa situação pode ser visto no bairro de Shenyang, capital da província de Liaoning. Lá homens e mulheres desempregados se reúnem todas as manhãs na esquina de uma rua com cartazes pendurados no pescoço, cada um descrevendo as suas competências, um “classificado de emprego” a céu aberto. O governo, no entanto considera que existem somente 23 milhões de miseráveis no campo, pessoas com renda inferior a 683 iunes (US$ 86 por ano ou US$ 0, 23 por dia); 50 milhões com renda maior que o suficiente para comprar roupa e comida e 28 milhões de pobres urbanos, totalizando 101 milhões, metade do que divulgou a ONU.
Apesar dessa realidade, alguns partidos revisionistas, no Brasil e no mundo, insistem em qualificar a China como um país socialista e o próprio PCCh, continua se dizendo comunista e dominado o atual regime econômico chinês de “socialismo de mercado”.

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